Sustentabilidade, conveniência e imersão marcam as principais tendências tecnológicas para 2023 segundo previsões nacionais e internacionais.
por Cibele Lana
fonte: revista Cidade Nova - edição de Jan/Fev de 2023
Já que estamos começando um novo ano, vamos falar de futuro? Abaixo uma série de tendências em tecnologia para 2023, previstas pelos principais canais nacionais e internacionais.
Algumas delas bastante prováveis, outras nem tanto, mas todas com um impacto direto nas nossas vidas e designadas para enfrentar desafios importantes, como a crise climática.
TECNOLOGIAS VERDES
Parece haver, de fato, uma corrida corporativa pelo progresso em tecnologias verdes.
Com a emergência para frear as emissões de carbono em todos os cantos do planeta, 2023 será, provavelmente, o ano de muitos avanços em novas fontes de energia limpa, como o hidrogênio verde.
Se você ainda não ouviu falar dele, prepare-se. Esse combustível promete gerar energia com zero emissões de gases de efeito estufa. Isso porque ele é produzido a partir da água – isso mesmo – por meio de um processo químico chamado eletrólise.
Empresas como a Shell e a RWE, duas grandes companhias europeias, já estão criando o primeiro grande oleoduto verde do mundo. É claro que a tecnologia ainda enfrenta desafios gigantescos para se popularizar. Por enquanto, seu custo de produção é altíssimo.
E isso é bastante comum com novas tecnologias, mas à medida que as pesquisas evoluem, a tendência é de barateamento.
Outro desafio é a inflamabilidade do hidrogênio ao ser armazenado, podendo provocar explosões e acidentes de grandes proporções.
Ainda na esteira das energias limpas, 2023 também deve presenciar o crescimento de redes elétricas descentralizadas, ou seja, comunidades ou casas produzindo cada vez mais energia limpa, como a solar, funcionando como pequenos geradores e espaços de armazenamento e fornecendo energia para a rede principal, hoje dominada por grandes empresas de gás e energia elétrica. Esse sistema distribuído é uma grande promessa em todo o mundo, na medida em que democratiza o acesso à produção energética e injeta, cada vez mais, energia limpa nos sistemas nacionais dessa área.
SUPERAPPS
Comece a observar melhor aqueles aplicativos que você utiliza no dia a dia e verá que, pouco a pouco, eles buscam agregar diferentes serviços.
Itaú e Nubank, por exemplo, lançaram recentemente um “shopping” dentro dos seus apps. Agora, além de internet banking, de outros serviços financeiros, de seguros etc., também é possível fazer compras. O Magazine Luiza também se embrenha por esse caminho, assim como a Rappi já o fez. De acordo com as previsões do Gartner, até 2030, mais de 50% da população mundial utilizará superapps no dia a dia.
Esses apps agregam funcionalidades de aplicativos comuns, plataformas e ecossistemas em um único local.
A tendência é que os superapps não sejam famosos apenas entre consumidores finais, mas que, aos poucos, também transformem o mercado corporativo, com soluções para os colaboradores das empresas.
TECNOLOGIA GÊMEA E 3D
Outra tendência é a tecnologia digital gêmea combinada com a impressão 3D. Um bom exemplo para entender como isso funciona está na Fórmula1. Muitas equipes, atualmente, coletam uma imensidão de dados a partir de sensores instalados nos carros durante as corridas, desde a temperatura da pista às condições climáticas. Quando a corrida acaba, as equipes transferem esse batalhão de dados para os chamados “gêmeos digitais”, uma réplica dos motores e dos componentes do carro em ambiente digital e, então, começam a executar uma série de diferentes cenários para fazer alterações de design. Depois, com base nos testes, são impressas novas peças em 3D para os carros.
Em síntese, gêmeos digitais são simulações virtuais utilizadas para testar operações e produtos do mundo real. Essas simulações têm ganhado cada vez mais importância por permitirem mais inovação e a testagem de novas ideias com a diminuição de custos.
METAVERSO
Nós já falamos sobre ele e claro que a aposta da vez não poderia ficar de fora. Afinal, a estimativa é de que 2023 defina, de fato, os rumos do metaverso para a próxima década. A tecnologia tem a promessa, até o momento, de adicionar US$ 5 trilhões à economia global até 2030,de acordo com a Forbes. Para além das complicações envolvidas com o termo metaverso, a ideia principal é a de uma internet mais imersiva para trabalhar, jogar e socializar.
E se os games, até agora, protagonizaram a popularização do metaverso, a promessa para 2023 é de que o mercado corporativo puxe o desenvolvimento da tecnologia. Há uma expectativa de que os óculos de realidade virtual se popularizem – Tik Tok e Meta devem disputar esse páreo, com o Pico e o Meta Quest Pro, respectivamente –, e aí as reuniões em ambientes imersivos e de alta cocriação não serão mais uma novidade. Esse avanço será acompanhado de avatares mais autônomos e mais parecidos com suas personas reais graças à Inteligência Artificial.
Vocês estão preparados para essas novidades tecnológicas?