O que significa SER Economia de Comunhão para uma liderança comunitária, para um empresário, para a juventude, para empreendedores e empreendedoras?
fonte: edc Brasil
Eles e elas abriram o coração para compartilhar relatos de vida sobre como experimentam e colocam em prática a comunhão, por um mundo mais justo, regenerativo e fraterno.
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FÓRUM EDC 2022
LILIAN FERREIRA
Meu nome é Lilian Ferreira, sou pesquisadora e empreendedora social. Moro em São Paulo Capital, trabalho na NIP que é uma articuladora de negócios de impactos da periferia e acredito que é possível um mundo sem desigualdade sociais, e que essa busca por um mundo mais justo já começou. Participo da economia de comunhão porque vejo que as pessoas aqui também têm essa preocupação. Na prática, no meu trabalho procuro acolher os empreendedores da periferia da cidade com muito respeito criando espaços de diálogo que favoreçam a colaboração e, coletando e organizando informações para comunicar a potência e a transformação positiva que já está acontecendo nos territórios.
GILCEU TURRA
Bom dia a todos, espero que todos se sintam acolhidos como eu fui acolhido aqui. Eu sou Gilceu, casado, quatro filhos, empresário desde os anos 90 e moro em Delray Beach na Florida. Atuo no ramo de industrias, comércios de varejo online e offline [...], no Brasil e na América Latina, com provedor de internet aqui na cidade do interior de São Paulo, inclusive aqui nessa cidade em Vargem Grande Paulista que nos acolhe hoje. Conheci a edc nos anos 2000 e o que me chamou atenção foi a alegria dos empreendedores. Todos contavam suas experiencias, cada uma com muitos desafios, mais felizes com a forma de empreender baseados em relações fraternas entre dirigentes, funcionários, clientes, fornecedores e a comunidade. Encontrei aqui um novo estímulo para continuar a empreender. Os anos foram passando e hoje a nossa empresa continua a crescer com sustentabilidade. Empregamos em torno de 13.500 colaboradores, inclusive - não está no meu script - mas nós fizemos um Feirão de Emprego no Polo Spartaco, há dois dias atrás, e tivemos 349 pessoas inscritas. Foi um sucesso! Isso mostra que a edc pode estar integrada a comunidade e fico muito feliz ao ver que a nossa empresa gera emprego e renda, estabelece relações justas entre empregadores, funcionários e clientes. Descobri nesses anos, como proposito, trabalhar na construção de um mundo mais justo, que gera oportunidade para que as pessoas desenvolvam o seu potencial e que tenham uma vida digna. Obrigado pela oportunidade.
ELBA DA CRUZ
Bom dia, meu nome é Elba, sou mãe de duas filhas, solteira... desculpe mais é que eu estou muito nervosa! Passei por algumas situações que me levaram a conhecer um dos projetos da edc, as rodas de terapia. Passei por algumas situações onde conheci Jean e algumas pessoas das igreja que me apresentaram a comunhão de bens, a Anpecom. Fui fazendo essa roda de terapia e fui me aprimorando onde, no meio desse percurso, fiz um curso pelo qual cheguei aqui, hoje, graças a Deus - em primeiro lugar - e as pessoas que me deram a primeira oportunidade. Hoje estou aqui para agradecer, porque foi através da edc que eu me reconheci, descobri que eu sou alguém e sou importante também. Trabalho com salgados, sou empreendedora, trabalho com coisas de casa, perfumes e hoje eu posso dizer que eu sou uma nova mulher, porque eu me achei no meio de vocês também, obrigada. Na época eu só encontrava pessoas que me botavam muito pra baixo, então achava que eu não era capaz. E foi através da comunhão de bens, da Anpecom, desses cursos que eu fiz, que descobri que eu posso voar muito mais e estar aqui foi um desafio e tanto, porque você enfrentar um medo dessa altura (avião) eu acho que é o pior, então eu vi que eu posso voar muito mais do que eu imaginei.
SIDNALDO LAURINDO
Oi pessoal, bom dia eu sou Sidnaldo, eu sou um camponês, um agricultor. Sou do assentamento Flor do Bosque, município de Messias, Alagoas. Eu quero dizer que eu vivo e participo da Economia de Comunhão, eu faço um trabalho coletivo na minha comunidade. Estou aqui representando os agricultores e a minha comunidade, que eu sou presidente, e daí o trabalho coletivo que eu faço não é visando a produção é visando união e o amor ao próximo.
ZELIANA GRANJEIRO
Eu sou Zeliana Granjeiro, sou arte terapeuta e microempreendedora no ramo do artesanato. Acredito que a Economia de Comunhão contribui verdadeiramente para nos ajudar com a erradicação da pobreza e diminuir as desigualdades sociais, por isso que eu trabalho sempre mais por essa realidade. O atelier Zeliana Arte atualmente, além do atendimento arte terapêutico, trabalha para a promoção e desenvolvimento das atividades artesanais para mulheres aposentadas com mais de 60 anos. O atelier oferece cursos, oficinas, treinamentos e também o espaço para a comercialização das peças delas e nossas, mais principalmente oferecemos a essas mulheres um espaço de convivência, de troca de experiencia e de fortalecimento de vínculo que contribui para o desenvolvimento profissional delas, inclusive as peças das nossas artesãs estarão expostas no nosso estande aqui na feira. Espero vocês lá.
CAIO SOUSA
Bom dia, meu nome é Caio, sou formado em artes visuais, sou um piauiense morando em São Paulo há dois meses. Trabalho como pesquisador em história teoria e critica na universidade de são Paulo e a Economia de Comunhão me dá a possibilidade de estar conectado a uma comunidade global. Aqui nesta rede sinto que posso utilizar minhas energias para concretização de um mundo mais unido e fraterno, compartilhando os meus dons e conhecimentos para que outros jovens tenham oportunidades na vida. Uma das iniciativas que faço é assessorar estudantes em situações de vulnerabilidade socioeconômica a conseguirem bolsas de auxilio estudantil na universidade federal do Piauí onde tenho a formação inicial. Eu acredito que a educação é uma força potente de transformação da vida de pessoas e comunidade.
ANDREIA LIBÓRIO
Bom dia meu nome é Andreia eu sou quilombola e também sou pedagoga no Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia de São Paulo. Moro em Registro também em São Paulo. Estou da rede da economia de comunhão por acreditar que o mundo mais solidário e fraterno é possível. São muitos os desafios cotidianos na minha comunidade quilombola, e com o apoio da Economia de Comunhão e de outros parceiros desenvolvemos projetos que valorizam a cultura e visam o desenvolvimento comunitário sempre tendo como referência a busca por igualdade de direitos e a dignidade humana. Somos mulheres quilombolas e a luta e resistência são o nosso lema de vida, pautando nossas ações na coletividade e sustentabilidade, gerando impactados positivos para a comunidade. Agradeço essa oportunidade de estar aqui hoje, e também não estava no script, estou fugindo do protocolo, porque os povos quilombolas são historicamente invisibilizados e uma quilombola estar aqui hoje é uma conquista, a Economia de Comunhão levou para a minha comunidade algo que é de uma comunidade a água, gente na nossa comunidade não tinha água para irrigação e hoje nós temos água para o viveiro de mudas ativas que fazem o reflorestamento na mata atlântica, então muito obrigada.
ROGÉRIO CUNHA
Olá a todos, sou Rogerio empresário pizzaiolo lá de Manaus no meio da floresta amazônica. Há 28 anos atrás eu e minha esposa, uma mineira muito bonita, montamos uma pizzaria chamada Lopianno pizza - este nome porque ela tinha morado numa cidade na Itália com o nome de Lopianno. O que trouxemos de novo aqui na terra de vocês, São Paulo, que se faz uma ótima pizza e levamos no hall dessa pizza fininha, massa crocante, feita no forno a lenha, com muito carinho. O que me fascinou na Economia de Comunhão foi esse pensar grande, esses objetivos audaciosos de Economia de Comunhão sendo um deles a erradicação da pobreza. Minha esposa já participava do movimento e em 94 quando começamos a Lopianno ela comentou desse novo conceito econômico e logo eu vi que poderia engrandecer o nosso objetivo além de gerar um lucro da empresa, gerar um benefício para os sócios. Entendemos que esse lucro poderia ser usado de uma maneira grandiosa, para essa erradicação da pobreza, e realmente aquilo me fascinou. Na pratica, tento viver Economia de Comunhão de duas formas, primeiro na empresa Lopiano, nós temos 35 colaboradores, temos 280 lugares para clientes, e no delivery tentamos colocar esse algo a mais, também sempre procurando passar essa simpatia, essa alegria de ser empresário da Economia de Comunhão. Ali dentro da empresa nós tentamos viver em primeira pessoa um dos pilares de Economia de Comunhão que a cultura da partilha e realmente nós já vemos desenvolvido ali entre os colaboradores essa cultura da partilha, através deles mesmo que providenciaram algumas vezes, uma feira ali entre eles mesmos para ajudar uma pessoa que está precisando. Também fazemos outras ações beneficentes para a comunidade. Assim é essa vivência dos valores da edc ali dentro da empresa. A segunda maneira, em Manaus, nós temos uma equipe de trabalho assessorada pela Anpecon, onde procuramos propagar o conceito de Economia de Comunhão. Recentemente, tivemos contato com mães empreendedoras no bairro onde fazemos um trabalho social e eu estou fascinado como aquelas mães, devagarinho, vão entendo que essa cultura da partilha, que essa cultura da edc pode agregar um valor para a empresa delas que estão começando. É bom começar com esse DNA de Economia de Comunhão. E eu estou tentando dar esse recado dessas duas formas. E aqui o meu último recado é que a Lopianno está no Ifood caso vocês queiram pedir delivery. Obrigado.