Realizou-se em Mendoza, no 2º fim de semana de setembro, o tradicional encontro de primavera da Economia de Comunhão, o 44º que engloba a Argentina e os países do Cone Sul. Um congresso que foi marcado desde o início por um reconhecimento especial.
Era o fim de agosto quando a Comissão da Economia e do Comércio Exterior do Senado da província de Mendoza, Argentina, declarou o 44º Congresso da Economia de Comunhão como um evento de interesse territorial. Isso nunca havia acontecido antes e este fato constituiu um precedente, um reconhecimento que transmitia uma mensagem forte para as pessoas daquela região, indicando o Congresso EdC como um evento de interesse coletivo.
O congresso de 2019 teve como título: "Rumo a uma cultura solidária": participaram mais de 100 pessoas, a maioria jovens empresários que estavam ali pela primeira vez, tendo iniciado atividades empresarias. Através de vários relatórios, workshops e dinâmicas de grupo se pôde aprofundar os argumentos sobre o que significa, na prática, "empreender com valores": ficou claro que a colaboração das empresas EdC, com outras empresas que não fazem parte do projeto, é uma das possíveis realizações dessa premissa. Valores como a solidariedade se tornam pontes e pontos de conexão com outras empresas que não fazem, necessariamente, parte da EdC.
Inês Silvestro, estudante Argentina, destaca três fatores que caracterizaram este evento.
O primeiro foi a importância da comunhão: o conhecimento e a prática dos empresários "senhores/seniores", juntos com a força e entusiasmo dos jovens. "Posso dizer que esses dias foram caracterizados pela forte comunhão de experiências, de bens e de talentos. Antes, durante e depois do congresso, forte sinais a tornavam evidentes", afirma Inês. Apenas um exemplo: Uma padaria que não faz parte da rede da Economia de Comunhão, quando soube do congresso quis doar "alfajor" (doce sul-americano feito por dois biscoitos unidos por um recheio doce) e os lucros obtidos com a venda foram destinados a cobrir as despesas daqueles que estavam com dificuldades para pagar a taxa de participação.
O segundo fator que caracterizou os dias do congresso foi o trabalho em equipe, o que normalmente não é fácil, mas que a comunhão construída entre todos permitiu que acontecesse naturalmente.
O terceiro fator, para Maria Inês, foi o aprender. "Com a formação se dá, mas também se recebe muito. Às vezes temos dificuldade em encontrar a reciprocidade na vida de todos os dias, mas no aprender e na formação nós a experimentamos instantaneamente".
O 44º congresso, realizado nos dias 13, 14 e 15 de setembro, também contou com a contribuição de experiências oriundas de outras partes do mundo: como a do mexicano Luís Castellanos que compartilhou a experiência da incubadora de empresas da Economia de Comunhão no México, revelando aspectos cruciais que permitiram o seu crescimento: acompanhar o sonho dos jovens nas comunidades indígenas e nos ambientes empresariais tradicionais.
veja também o relatório no site Focolari, Cone Sur (em espanhol).