Em dezembro, foram anunciados os vencedores da Premiação “Jovem de Impacto: eu sou!”
por Cibele Lana
publicado na revista Cidade Nova - edição 01/2022
A ECONOMIA de Comunhão no Brasil fechou o ano de 2021 e as comemorações dos seus 30 anos premiando a juventude. Uma live no Instagram, em meados de dezembro, anunciou os vencedores da premiação “Jovem de Impacto: eu sou!”
A premiação, realizada em parceria com a Economia de Francisco e o United Word Project, tinha como objetivo valorizar as ideias dos jovens por um mundo mais justo, regenerativo e fraterno. A iniciativa também fez parte do novo posicionamento institucional da Economia de Comunhão, que visa reaproximar a juventude da atuação da edc.
Ao todo, a premiação recebeu cerca de 66 iniciativas, sendo 55 projetos e 11 ensaios, de 18 estados do Brasil e do Distrito Federal. Tanto projetos quanto ensaios precisavam atender a alguns critérios - como impacto socioambiental, viabilidade e escalabilidade, no caso projetos - e ter clareza na exposição, mostrar a importância das ideias para a redução da pobreza, dentre outros problemas sociais, no caso dos ensaios, que podiam ser acadêmicos ou não.
PROJETOS PREMIADOS
O primeiro lugar da categoria Projetos ficou com a iniciativa “Mulheres quilombolas: luta e resistência, a alimentação tradicional como cultura secular no quilombo Peropava”. O projeto trata da valorização das mulheres quilombolas que estão inseridas em atividades de agricultura e produção artesanal de alimentos tradicionais no quilombo Peropeva, em São Paulo. Os vencedores levaram um prêmio de R$ 3 mil e a iniciativa será implementada pela Associação Nacional por uma Economia de Comunhão.
Andréia Cabral, uma das proponentes do projeto vencedor, destacou: «Estamos muitos felizes por esse passo importante para as mulheres da nossa comunidade. O prêmio de primeiro lugar significa a realização de um sonho e é uma oportunidade de reconhecimento, valorização e desenvolvimento da Comunidade quilombola de Peropava, sobretudo das mulheres que lutam em prol de melhores condições de vida».
O segundo lugar foi para o projeto “Donas da Agro: Agrofloresta nas favelas”, que tem o objetivo de promover a educação ambiental em territórios periféricos a partir da plantação de agroflorestas em comunidades urbanas. Nesse projeto, também esteve em relevo o protagonismo das mulheres e o foco nos problemas sociais, como o desequilíbrio ambiental e a desnutrição.
Em terceiro lugar, ainda da mesma categoria, ganhou o projeto “Hub Itinerante de práticas agroflorestais no sul do Pará”. Esse se destacou pela sua viabilidade e pelos impactos positivos ao levar a bioeconomia para comunidades da Amazônia. «O prêmio jovem de impacto é um passo extraordinário para o protagonismo dos jovens no Brasil, especialmente para os focados em gerar impacto positivo em suas regiões. A terceira colocação foi um ótimo resultado, sinalizando que temos grandes ideias que podem ser transformadas em negócios sociais, que podem trazer renda e melhorar a qualidade de vida na Amazônia», disse Mayko Martins, proponente do projeto.
Dos 11 ensaios enviados, apenas um atendeu aos critérios do regulamento. A proponente Alda Renata Capelo foi premiada pelo ensaio “Materiais cimentícios não convencionais com vista à viabilidade econômica”. O trabalho chamou atenção pelo desenvolvimento de ideias capazes de influenciar em uma nova forma de fazer e pensar a construção civil, especialmente pela capacidade de impacto positivo no meio ambiente e como uma alternativa sustentável para as pessoas em situação de vulnerabilidade.
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