Persone e imprese che attivano processi di comunione.
Idee e pratiche per un agire economico improntato alla reciprocità e all’accoglienza.
Un ambito di dialogo e di azione per chiunque voglia impegnarsi per una civiltà più fraterna guardando il mondo a partire dagli esclusi e dalle vittime.
fonte: AMU
Ramouseh é um grande subúrbio de Aleppo, na Síria, caracterizado por uma vasta zona industrial e uma grande estação de ônibus, onde param as linhas para outras cidades sírias. Até antes da eclosão da guerra (em 2011), a atividade profissional de Roland, um jovem de 44 anos, estava ligada à natureza desse bairro: ele tinha um comércio bastante importante de peças de reposição para carros e ônibus. Infelizmente, com a escalada do conflito sírio, ele não só perdeu tudo o que possuía em Ramouseh, como também sofreu um ferimento na cabeça. Uma situação que mudou sua vida. Ele perdeu seu emprego e também perdeu - por alguns meses - a capacidade de reorganizar seus negócios na própria cidade de Aleppo.
Depois de curado, Roland teve que começar tudo de novo e, em sua jornada de renascimento do trabalho, 
encontrou o importante apoio do projeto RestarT, graças ao qual conseguiu comprar novamente uma certa quantidade de peças de reposição para carros e ônibus, para que pudesse organizar novamente a comercialização.
Roland tem um método muito rigoroso de administrar seus negócios: no final do dia, ele registra pontualmente cada movimento de mercadorias, o que entrou e o que saiu de sua nova oficina, e isso deixa perfeitamente claro para ele o desempenho diário de seus lucros. Que agora definitivamente não estão faltando e estão, de fato, “desenhando” uma parábola ascendente.
A equipe do RestarT em Aleppo valorizou muito a capacidade empreendedora de Roland, seu talento em fazer o investimento inicial render. Por isso, decidiu fornecer a ele um segundo apoio para dar um novo impulso ao seu negócio. Portanto, Roland comprou mais mercadorias para abastecer a loja, conseguindo assim satisfazer as necessidades de um número maior de clientes, e seus preços são muito competitivos no mercado de Aleppo, em termos de custo e qualidade. O resultado dessa combinação das habilidades empresariais de Roland com o apoio e a supervisão da equipe da RestarT é um lucro líquido quase dobrado.
Em dois anos, Roland ampliou seu comércio de peças para carros e ônibus a ponto de aumentar seu lucro e voltar às condições anteriores à guerra. Agora ele pode cuidar do sustento de toda a sua família, esposa e pais. No entanto, ele decidiu dar um passo adiante.
Solidariedade, Compartilhamento e ReciprocidadeNão há apenas negócios na vida de Roland. O foco de seus dias não é apenas o lucro. Roland aprendeu com sua experiência de vida que a solidariedade, o compartilhamento e a reciprocidade salvam uma comunidade. E, aos 44 anos de idade, ele abraçou com entusiasmo o princípio da reciprocidade que é parte fundamental do RestarT: aqueles que se beneficiam do projeto recebem tudo o que precisam para iniciar seu próprio negócio, mas devem devolver 50% do que recebem em dinheiro e o restante na forma de bens e serviços a serem oferecidos à comunidade. Roland não hesitou e, desde o início, assumiu o compromisso de ajudar financeiramente algumas famílias necessitadas. Mas ele acreditava que isso ainda não era suficiente e estendeu a mão para os outros protagonistas do RestarT.
Roland começou a apoiar uma série de pequenos projetos que não haviam recebido seu segundo subsídio do RestarT por não atenderem aos critérios do programa. Ao fazer isso, ele queria fortalecer as pequenas empresas que havia iniciado em sua cidade, Aleppo, e garantir que seus proprietários não perdessem a confiança em suas próprias habilidades e trabalho.
Alguns exemplos. Ele comprou um número considerável de bebidas e copos de papelão de Elias, o jovem que administra uma pequena cafeteria, reaberta em 2023. O jovem ficou feliz e grato por essa mão estendida em um momento muito difícil para ele.
Ele ajudou Michel, que tinha uma pequena loja de alimentos: o homem estava passando por um período financeiro negativo devido à falta de trabalho e não conseguia mais pagar as parcelas do empréstimo. Roland conseguiu que ele pagasse o saldo restante e comprou uma grande quantidade de produtos de Michel. Mais uma vez, o benefício real não era apenas financeiro: a ajuda que Roland pôde dar a seus amigos comerciantes em Aleppo não valia o dinheiro.
Mas Roland ainda tem outros projetos para realizar. Veremos que outros “presentes” ele nos dará.
Chiara Lubich
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